Guggenheim: obra prima de Frank Lloyd Wright
Não há dúvida que Frank Lloyd Wright deixou um amplo legado. Com sua arquitetura orgânica, alterou para sempre a forma de se pensar a maneira de fazer arquitetura. Wright viveu a vida desafiando-se a todo instante e isso se reflete claramente em sua rica obra. Já no final de sua vida, desenhou um dos seus projetos mais famosos e reconhecidos: o Solomon R. Guggenheim Museum, em Nova York.
Localizado na charmosa região do Upper East Side, o museu é uma peça arquitetônica que se diferencia de todas as construções que estão ao seu redor, o que inclui o Novo Museu de Arte Contemporânea, o Museu de Arte Africana e o Museu Metropolitano de Arte de Nova York.
O projeto de Frank Lloyd Wright
Em junho de 1943, Frank Lloyd Wright recebeu uma carta de Hilla Rebay, consultora de arte de Guggenheim, para desenhar o prédio que abrigaria o acervo do recém-criado Museum of Non-Objective Painting.
De 1943 ao início de 1944, Wright desenhou quatro projetos diferentes. Enquanto um deles tinha uma forma hexagonal, todos os outros previam um formato circular, com uma rampa contínua ao redor do prédio.
O edifício cilíndrico – mais largo no topo do que na base – foi concebido por Frank Lloyd Wright a pedido de Hilla para ser um “templo do espírito”. Sua marca registrada é a rampa em formato espiral que parte do solo e estende-se até o último andar, acabando logo abaixo da claraboia do teto.
Pela sua complexidade, localização e até mesmo ineditismo, o projeto acabou colocando em lados opostos o arquiteto, seu cliente, autoridades municipais, o mundo da arte e a opinião pública. O resultado final, contudo, expôs a genialidade de Frank Lloyd Wright e o espírito de aventura de Hilla e Guggenheim. Infelizmente, Wright e Guggenheim morreriam antes da conclusão do prédio, em 1959.